Olá! Esse é o nosso segundo texto do Projeto “MAMÃE E EU”, caso você tenha caído de paraquedas por aqui, vale a pena ler o primeiro pra não pegar o bonde andando…
Só de escrever esse comecinho, já fiquei pensando em quais eram as gírias e expressões que minha mãe usava em sua juventude. Será que “pegar o bonde andando” vem da época dela? Penso também nas que Gabriel usa no seu dia-a-dia. Faz mais ou menos um ano que eu ouvi a expressão “vai de arrasta pra cima” e resolvi perguntar se ele conhecia… o moleque não só conhecia como me deu uma lista de outras com significados semelhantes “Deu uma de Americanas”, “Foi de comes e bebes”, “Foi de Rainha Elizabeth”, “Deu uma de Silvio Santos”…
E tudo isso dito com a maior naturalidade do mundo, né?! Como se eu fosse a alien que não estava habitando a Terra em fevereiro de 2024. Pra melhorar, de maneira tonta, ainda perguntei o porquê desses significados e ouvi: - Mãe, não tente entender a internet.
É exatamente pra estreitar esses laços entre os filhos que topam com as limitações das “mães que não entendem nada” e as mães que topam com as limitações dos “filhos que ainda não sabem nada da vida” que eu sigo com a minha ideia de saber um pouco mais sobre a minha mãe e falar um pouco mais de mim pro Gabriel.
O livro que está nos servindo de base é dividido quatro capítulos:
1) Me fale sobre sua infância e como você cresceu
2) Me fale sobre o amor e sobre ser mãe
3) Me fale sobre seus hobbies
4) Me fale sobre quem você se tornou
Cada um desses capítulos é dividido em partes menores e é dentro dessas partes menores que a magia começa com as perguntas que faremos às nossas mães e que também responderemos para passar aos nossos filhos.
Durante todo o livro, a autora sugere que reservemos um espaço para fotos, outras histórias e lembranças ao final de cada leva de perguntas.
Mas antes da gente continuar, eu queria saber como estão os combinados por aí? Sua mãe já sabe da empreitada? Ela está interessada em olhar pra si mesma, vasculhar seu passado, dividir as histórias contigo, ou tudo isso será um trabalho árduo como eu sei que vai ser com a minha mãe? E você, tá com disposição pra esmiuçar sua história em vários cantinhos e deixar verdades pros seus filhos?
No meu caso, você já deve ter percebido que eu e minha vida servimos à arte, né?! Quem já deu uma passeada pelas minhas cartinhas sabe que todo assunto tem espaço por aqui, então estou tranquila pra falar e escrever, já a Mãe Maria, anda me enrolando faz tempo…
Eu comprei esse livro na pandemia e foi lá, nessa época, que dei pra minha mãe preencher. O livro ficou por semanas parado. Assim como também está até hoje aquele famoso livro de colorir e a caixa de lápis de cor que ela mesma pediu pra ganhar….
Depois de notar que o livro ia permanecer no mesmo lugar da estante, peguei de volta e disse a ela que faríamos juntas. Como em uma entrevista à distância, eu perguntaria e ela responderia pelo ZAP mesmo (já que a pandemia nos mantinha afastadas).
Enviei as primeiras perguntas e nada dela responder. Sem respostas da parte dela, eu, com aquele livrão lindo em mãos, cheio de linhas ansiando por tinta de caneta, resolvi que ia responder com a minha história e depois presentearia o meu filho. Ao avisar a ela que faria isso, Mãe Maria ficou furiosa dizendo que o livro era pra ela e que as respostas tinham que ser com a história dela. Foi só aí que ela me respondeu as 5 primeiras perguntas. E nenhuma mais!
Agora em janeiro, fiz mais uma tentativa e ela disse:
- Ok!
Já fazem 11 dias que eu deixei 4 perguntinhas e nada! Estou pensando seriamente em marcar uma ligação de vídeo pra ver se sai mais alguma coisa. Hoje fui mais radical. Falei pra ela que agora já era, explanei na internet e todo mundo já está sabendo que ela está enrolando a própria filha. E você acha que ela se abalou com isso? Nem tchum pra mim. Por aqui, vou continuar insistindo. Uma hora esse negócio sai. Mas já está na hora de você começar por aí também, né?! Então vamos lá!!! Papel em mãos, a partir de agora a dinâmica é toda sua: perguntar pra mãe, anotar no caderno, responder pros filhos, dividir comigo, espalhar pro mundo, fazer vídeos ou outra coisa qualquer que você queira fazer, a escolha é toda sua! Com vontade e determinação, em 13 semanas a gente terá conseguido um resultado bacana, além de ter vivido bons momentos entre mães e filhos.
Anote as primeiras perguntas:
MÃE, ME CONTA A SUA HISTÓRIA? Me fala sobre sua infância e sobre como você cresceu.
Sobre sua infância:
Quando e onde você nasceu?
Qual é o seu nome completo? Você sabe por que seus pais escolheram seu nome?
Você tinha (ou tem) algum apelido carinhoso?
Como você era quando criança?
Você tinha algum ídolo que gostava de imitar?
Que lembranças você guarda de quando era criança? Você tinha um brinquedo preferido que levava a todo lugar?
Quais eram as pessoas e as coisas mais importantes para você?
Quando era criança, você teve alguma doença séria? Você alguma vez precisou passar um tempo no hospital?
Quais eram as suas brincadeiras favoritas? Preferia brincar em casa ou na rua?
Com quem você mais gostava de brincar?
Qual era o seu dia da semana preferido?
E o melhor dia do ano? Por que era tão especial?
Fim da primeira parte, bora incrementar esse caderno (ou esse arquivo) que você está fazendo, com fotos, histórias e outras lembranças dessa época? Sua mãe tem fotos da infância? Que tal um desenho? Abuse da criatividade e curta esses momentos juntas. É hora de protagonizar boas vivências.
Acabei de me lembrar que só tenho 2 fotos da minha infância aqui comigo e que todas as outras estão na casa dos meus pais… Vou ter que pedir ao Gabriel pra escolher junto com a vovó. Espero que não me xinguem muito.


Na semana que vem nós vamos continuar nesse primeiro capítulo e vamos perguntar às nossas mães sobre seus pais e avós.
Te espero comigo.
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Qualquer dúvida, é só me chamar pelo Zap ou perguntar aqui embaixo.
Com carinho,
Priscila Mayer.
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